quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O meio ambiente e a escola parceria por um mundo melhor

Algumas dicas do que nós professores do campo estamos fazendo e pretendemos fazer neste ano letivo.


Nos próximos anos e décadas, os consumidores e investidores serão cada vez mais exigentes na escolha de produtos e empresas ecologicamente corretos. Da mesma forma, as leis tendem a ficar mais exigentes com uma fiscalização cada vez mais rigorosa. É importante estar passando esses conceitos para nossos alunos para que eles se tornem cidadãos conscientes .

A escola deve se colocar a frente e a favor do meio ambiente tomando atitudes e discutindo valores e melhorias com sua comunidade escolar.

Seria importante começar por tornar o ambiente escolar sustentável.
  • trocando lâmpadas incandescentes por fluorescentes;
  • oferecer lanches e refeições naturais;
  • captar a água da chuva;
  • investir em reciclagem;
  • fazer a coleta seletiva;
  • fazer uma horta escolar;
Sem esquecer de sempre explicar os motivos de cada atitude, aos alunos, aos pais, aos funcionários, promovendo o engajamento, a colaboração, a sensibilização de todos. 

  • o uso da água, fazendo o combate ao desperdício em um projeto anual e não apenas em determinadas datas comemorativas;
  • plantar árvores, para compensar a emissão de gases pelos carros, barcos, queimadas, que poluem o ar, pela geração de energia utilizada na escola e pelos papéis descartados diariamente por todos, cada aluno poderá plantar uma árvore, oportunidade de estar colocando os alunos em contato com a terra;
  • trabalhar com horta escolar, pedindo sempre a ajuda das merendeiras, que poderão adubar a terra com restos de frutas e verduras;
  • os alunos plantam, observam a germinação e o que as plantas precisam para crescer, cuidam dos canteiros,  colhem e preparam receitas para as merendeiras enriquecerem o cardápio escolar;
Sabemos que nem todas as escolas têm o privilégio de estar em contato com a natureza, ou de  poder criar um projeto ecologicamente correto. Mas apenas algumas atitudes simples já podem render em projetos pedagógicos sustentáveis, o importante é que quem ganha com isso é o meio ambiente e consequentemente nós mesmos.

Podemos começar por fazer a coleta seletiva de lixo, recolher pilhas, baterias, o óleo de cozinha da escola e das casas dos alunos, que podem se transformar em sabão, gerar  renda para algumas famílias, é só se planejar e buscar aliados.

Tudo depende do compromisso e da boa vontade. Há muito o que fazer é só querer. 

Professora Luciane Bonafini
 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

10 Grandes dúvidas sobre escolas

 
1 . Qual é a idade certa para pôr meu filho na escola?
Para preservar a saúde e o sono da criança, o ideal seria ela ingressar na escola entre 1,5 e 2,5 anos. É quando se tornam mais importantes ainda a interação com outras crianças, a diversidade de experiências e as relações sociais. Mas se o pai e a mãe trabalham fora, a antecipação desse prazo pode ser uma opção estudada. A partir disso, a família deve checar as condições mínimas para cuidar de um bebê: ambiente limpo, alimentação bem cuidada, segurança em ordem e profissionais preparados.

2 . Na educação infantil, qual é a proporção ideal de crianças por adulto?
Considerando-se a faixa etária de 1 a 4 anos, o ideal são classes de no máximo 20 crianças, com um professor e dois auxiliares. A partir dos 5 anos, elas já podem ter cerca de 25 alunos e ser conduzidas por um professor e um único auxiliar.
 
3 . Pelo mês de nascimento do meu filho, ele será o caçula ou o mais velho da turma. É melhor adiantá-lo ou atrasá-lo?
Em geral, é preferível atrasá-lo, para evitar problemas depois. Há crianças que ficam com baixa auto-estima (por se exigir mais do que podem oferecer); outras, por conviverem com crianças mais velhas, despertam precocemente o interesse por assuntos com os quais não têm maturidade para lidar (de sexualidade a consumismo desenfreado).

4 . Quais são os principais métodos de ensino? Como escolher o melhor para meu filho?
Há quatro métodos que norteiam as escolas, mas hoje é cada vez mais difícil encontrar uma que siga só um deles. Por isso, para saber qual é a base pedagógica da escola, a dica é conhecer, perguntar, observar e conversar sempre. Em teoria, no método tradicional, o professor transmite as informações de maneira teórica e o conteúdo é idêntico para todas as crianças. No construtivismo, o aprendizado é construído pelo aluno. Por meio de vivências e experiências, ele chega a conclusões e as compartilha com o orientador. No método montessoriano, as crianças são identificadas pelas habilidades. O professor media as tarefas, que são especialmente motoras e sensoriais. Na Pedagogia Waldorf, a informação é apenas um instrumento para a formação – e não uma finalidade.
 
5 . Se quero que meu filho fale bem inglês, devo colocá-lo em uma escola bilíngüe?
Em geral, é mais indicada para famílias que convivem com mais de um idioma. A decisão varia ainda conforme a idade da criança. Os adeptos das bilíngües defendem que quanto mais cedo ela aprender a segunda língua melhor será o resultado e que, por possibilitar aprendizado espontâneo, a escola é adequada para isso. Mas é preciso avaliar se são transmitidos valores do país em que a criança vive e se isso é prioridade para os pais.
 
6 . Como deve ser a rotina na escola para as crianças menores?
A rotina na educação infantil deve ser lúdica e diversificada. Jogos, histórias, brincadeiras, experiências, momentos livres, entre outras atividades, com foco no desenvolvimento do pensamento lógico e matemático, da comunicação, da expressão (incluindo linguagem oral, artística, escrita e musical) e do corpo, além de permitir conhecimentos sobre a natureza e a sociedade. E o mais importante: que seja previsto na rotina também momentos para a criança escolher o que quer fazer.
 
7 . Em que idade meu filho deve começar a ler e escrever e qual é o método mais comum de alfabetização? Qual é o papel da família?
Há dois métodos de alfabetização mais comuns. O fônico adota cartilhas próprias para alfabetização e ensina a criança a associar letras e fonemas, para depois formarem palavras. O que segue o pensamento construtivista utiliza-se de textos “reais” (livros, músicas, etc.), frases são examinadas e comparadas, até que os futuros leitores façam deduções que os permitam discriminar palavras, sílabas e letras. Algumas escolas mesclam os dois métodos e, também por isso, não há como dizer se um é mais eficiente que o outro, pois o que importa é a preparação e dedicação de quem ensina. Em geral, o processo de aprender a ler e escrever completa-se entre os 5 e 6 anos e a família tem um papel importante: continuar o incentivo à leitura, fazendo da descoberta das palavras um prazer compartilhado.
 
8 . Quero colocar meu filho em uma escola em período integral, mas estou reticente, pois ele não se alimenta sem a ajuda de um adulto. O que fazer a respeito?
Mesmo que seu filho ainda não coma sozinho, pode ser matriculado em uma escola integral. Muitas crianças pedem a ajuda de um adulto justamente por saber que há alguém disponível para servi-las. Porém, observando outras crianças e sendo incentivadas pelos professores, elas certamente aprenderão a se alimentar por conta própria.
 
9 . Como deve ser o espaço da escola? Grande e colorido?
Certamente não pode ter a cara de uma casa adaptada. Deve ter espaço para correr e ser “de verdade”: a areia ter cor de areia, a grama ser natural. É importante que se entenda que o espaço físico da escola também é educativo, principalmente aos menores, para os quais tudo é referência. Cada cantinho passa uma mensagem para a criança, seja o banheiro ou a quadra, seja a limpeza ou a altura das prateleiras. Em primeiro lugar, claro, deve ser um local seguro, em que a criança consiga se virar bem sozinha, sem precisar de cuidados o tempo inteiro. Também deve ter uma área iluminada, que permita desde um gostoso banho de sol a uma bela sombra. Livros e brinquedos devem ficar disponíveis, à altura da criança.
 
10 . Como deve ser o processo de adaptação de alunos novos em uma escola? E se a criança continuar chorando depois?
A adaptação deve ser tranqüila, se possível com o aumento gradual do tempo de permanência na escola. Em muitas delas, os pais ficam à vista dos filhos nos primeiros dias e aos poucos vão se distanciando até deixar o ambiente escolar (nesse momento, é importante despedir-se e nunca “fugir” da criança). Um dos pontos-chave para pôr fim à adaptação, que pode levar dias ou semanas, é a criação de um vínculo afetivo da criança com um adulto da escola. Mas se esse dia custar a chegar e o choro persistir, é bom os pais abreviarem as despedidas e mostrarem para os filhos que estão seguros e confiantes em relação à novidade. Em último caso, verifique se o incômodo é decorrente de fatores alheios à escola.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Tipos de linhas Pedagógicas nas escolas

Disciplina e transmissão de valores não definem uma escola tradicional. E nem tudo que é moderno é construtivista.

Em muitas escolas há influência de mais de uma linha, e isso não é um problema. Segundo o filósofo Paulo Ghiraldelli Jr. “o que importa é que a escola tenha um projeto pedagógico, uma linha a seguir. É como acontece com o método de alfabetização. Não é preciso ensinar a criança a ler assim ou de outro jeito: é preciso ensinar a criança a gostar do livro”.



Tradicional
Ela ganhou o mundo no século 18 com um objetivo importante: universalizar o acesso ao conhecimento. Essas escolas privilegiam a transmissão do conteúdo, pelas "mãos" do professor, mesmo que já incluam meios como computadores. Nesse modelo, tende a rigidez em relação à disciplina,
forma utilizada para conseguir passar idêntico conteúdo a diferentes tipos de criança. Há grande preocupação com o vestibular.
 
Construtivista
Desenvolvida pelo filósofo Jean Piaget, a teoria de aprendizagem não é um método, mas uma concepção de ensino. Propõe que todo aluno seja capaz de construir seu conhecimento. Leva em conta, assim, o conhecimento que a criança traz consigo. Uma das alunas de Piaget, Emilia Ferrero, ampliou a teoria para o campo da leitura e da escrita e defende o conceito de que a criança consegue se alfabetizar sozinha desde que esteja num ambiente com letras e textos. O professor, aí, tem o papel de mediador. É como se fosse o "tradutor" para o saber ansiado pela criança.
 
 Montessoriana
No método desenvolvido pela italiana Maria Montessori, no início do século 20, as crianças são identificadas pelas características e possibilidades. Assim, no processo de aprendizagem, cabe ao educador remover obstáculos ou propor atividades motoras ou sensoriais pela arte, música e ciência. Segundo a teoria, a criança deve, ainda, ser incentivada a desenvolver um senso de responsabilidade pelo aprendizado.
 
Pedagogia Waldorf
Surgiu em 1919, com o filósofo alemão Rudolf Steiner. O método tem base principal nas atividades motoras da criança, sempre preferindo o uso de pedaços de madeira que se transformem em brinquedos aos industrializados. Os alunos são divididos em grupos e permanecem juntos por sete anos, sendo seguidos nesse ciclo pelo mesmo professor, chamado de "tutor". Não alfabetiza antes dos 7 anos. Essas escolas esperam dos pais uma sintonia completa com a filosofia da escola.
 
Democrática
Apareceram nos anos 20 e têm como a mais famosa a inglesa Summerhill. Mas, como prezam o conceito democrático, há diferenças entre elas. O termo vem em oposição ao "compulsório": as crianças têm os conteúdos importantes para sua formação, mas sem obrigação de carga horária por aula. A idéia fundamental é a liberdade de escolha dos alunos. Matemática, por exemplo, pode ser aprendida ao entender como se monta uma bicicleta e essa "lição" pode ter sido sugerida pelo aluno.